"Embora presente em praticamente todas as religiões e seitas do mundo e aceita por quase 75% da raça humana, a reencarnação ainda encontra hoje uma oposição ideológica forte, notadamente nas religiões cristãs tradicionais.
Esquecem-se os irmãos destas crenças que, em nosso primitivismo antropomórfico e social todos fomos reencarnacionistas; incluindo-se neste grupo os indígenas brasileiros, os egípcios, os maias, os índios africanos, os hindus, europeus, americanos e também os orientais.
Há quem defenda que, entre tantas outras, a controversa passagem de Jesus em Mateus capítulo 14, versículo 11, é a confirmação advinda do próprio mestre, quando afirma “E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir”; Ou quando pergunta o apóstolo em João capítulo 9, versículo 12, “Quem pecou para que este nascesse cego, Ele ou seus pais?”, evidenciando que existia a crença da possibilidade de haver alguém pecado antes do nascimento, em um tempo que não é agora.
Há quem não acredite que discuta e argumente com base nos textos sagrados onde também podem encontrar diversas passagens para refutar a reencarnação, afinal a análise dos textos e sua interpretação é livre a cada um.
De minha opinião não simplesmente creio na reencarnação; eu SEI que ela é um fato!
A crença pode mudar ao sabor da história e das descobertas científicas; mas a certeza embasada pela consciência e estudo dos fatos não pode ser tão facilmente modificada.
Acaso não existisse a reencarnação de que forma poderíamos explicar, sem duvidar da justiça ou da bondade e amor de Deus, acontecimentos como o nascimento de crianças com problemas físicos ou mentais? Como justificar a gritante divergência quando vemos em uma mesma rua o excesso e a ostentação de alguns frente à miséria e necessidade de outros? Como tranqüilizar uma mãe ou um pai que, havendo seu filho realizado algum ato impensado, sem a reencarnação se vê forçada a acreditar que ele vá ser jogado ao inferno por toda a eternidade? Já pensou o que é toda a eternidade?
Mesmo assim a idéia de reencarnação permaneceu muito tempo à margem da sociedade, sendo aceita empiricamente, porém sem definição filosófica ou religiosa.
Mas eis que nos idos de 1857 um pesquisador sério e competente ergue a palavra e torna público o resultado de seus estudos sobre o que outrora foi chamado de “sobrenatural” e que, a partir de agora, seria chamado de mundo espiritual.
Allan Kardec nos traz, através de uma faculdade natural, e até então não estudada do ser humano, a mensagem dos que outrora viveram em nosso mundo: “estamos todos vivos”.
Perguntas até então não respondidas e relegadas ao misterioso podem agora ser respondidas e esclarecidas para os que “tem olhos de ver” como nos dizia o Mestre Jesus.
Entre estas perguntas, e também entre as afirmações, está a reencarnação; a inegável prova do amor divino que não nos pune por toda eternidade, nem que nos castiga em uma vida única a sermos infelizes; mas que nos permite "Nascer, morrer, renascer, ainda, e progredir sempre,” porque “tal é a lei."
E esta lei nos leva a evoluir e crescer acumulando experiências em nosso íntimo subconsciente, numa caminhada que segue desde o átomo primitivo até o arcanjo pleno de bondade.
Deus não nos cobra, não nos apressa, não nos força a nada; Nos deixa escolher nosso caminho e levarmos o tempo necessário e a quantidade de existências que sejam úteis ao nosso burilamento.
Em algumas destas existências somos agraciados com os lampejos de algumas lembranças fugidias; em outras com algumas idéias que nos permanecem inatas; muito poucas temos com lembranças fortes e consistentes – e sempre que isso acontece podemos ter a certeza que é para que possamos continuar algum trabalho ou missão que nos cabe, de acordo com a vontade do criador.
Na maioria de nossas existências, porém, iniciamos nossas recordações com um livro em branco; onde se apagam os nossos erros e nos é dada a chance de escrever novo final para a nossa história; mais uma vez vemos aí a bondade divina e o amor de Deus por seus filhos.
Estudos e pesquisas têm sido realizados hoje, mais do que nunca, através dos recursos imensos da ciência e, até agora, tudo aponta a reencarnação como “muito provável” ou “de fortes indícios”; É a raça humana chegando a um próximo nível de maturidade e virando mais uma folha no livro do aprendizado. Logo muitos de nós teremos que repensar os nossos paradigmas e evoluir nossas idéias para um novo patamar e, por fim, nesta ou nas próximas vidas estaremos irmanados em uma mesma crença.
Um destes casos em estudo pode ser conhecido e acompanhado com facilidade e riqueza de detalhes no livro “A Volta” de Bruce e Andrea Leininger com Ken Gross; ele nos conta a real história da reencarnação de James Huston Jr. Um caso de lembrança espontânea de vidas passadas. Fato muito comum no oriente, mas pouco visto e estudado no ocidente.
Assim, lembremos o conselho do Espírito de Verdade quando nos exorta “Espíritas amai-vos... Espíritas Instruí-vos...” e percebamos que a leitura e o estudo devem fazer parte de nossas vidas, buscando o aperfeiçoamento íntimo e a evolução sempre."
Muita Paz a todos.